domingo, 30 de novembro de 2008

É pop! É rock! É Jever!

A banda nasceu antes – e sem – um nome. Algumas músicas até mesmo já existiam, mas estranhamente faltava o nome. Os amigos Cello Cardoso na guitarra e vocal, e Diego Gandra na bateria eram parceiros de música. Um dia, falando sobre a questão de um nome para a banda, sentados à mesa de um conhecido Pub de Belo Horizonte, viram estampado na parede a frase que lhes serviu de sinal: Why not Jever? Ali estava o nome. Por que não Jever? Instituída antes, sim, mas o nome da banda nascia ali: Jever.

Ela vem amadurecendo e suas canções mais marcantes são a gênesis do trabalho da banda: “Por mais que o mundo irá” e “Desventuras em Série”. Esses são dois exemplos significativos desta fase de evolução do grupo, ambas as composições – letra e música – de Cello Cardoso.
No início, a formação era guitarra e bateria. Faltava um elemento sonoro que veio para a banda com outro amigo, Daniel Marferan, no baixo. Terminou por ser esta a formação definitiva da banda, conta Diego. Se a formação era definitiva, o mesmo não se pode dizer do som, nunca definitivo, nunca acabado. "Em mutação constante, a busca pela nota perfeita é a tônica do trabalho – é o 'jeito Jever' de ser: rockeiro, despojado e sem pretensão, mas sempre profissional, desde o primeiro acorde",disse.
Trabalho difícil de ser rotulado, Jever tenta se enquadrar, na medida do possível, dentro dos padrões existentes. Seus integrantes revelam que, para eles, Rock’n roll é a paixão, o mote. "Mas rock é um universo muito grande e termina por nada designar. O 'rock Jever' é pop sem, todavia, ser pop-rock como, indiscriminadamente, rotula-se todos os trabalhos que são populares e muito pouco têm de rock’n roll", afirma Daniel.
Rock–pop parece se enquadrar melhor. Eles fazem rock, são rockeiros, mas suas músicas têm letras tão marcantes que terminam pop, quase que por conseqüência natural e não intentada. É um “pop Jever”, natural neles, diz o baixista.
O trabalho autoral é o caminho que a banda quer trilhar. São muitas as músicas do compositor Cello Cardoso que a banda já testou e que, rapidamente, foram aceitas por um público já cativo. Mas a banda não se furta à diversão das “performances Jever” de músicas consagradas de outros compositores e bandas, nacionais e internacionais. "O prazer é sempre o mesmo: tocar e cantar. Nós nos transformamos no palco. É mágico o prazer que exala sem censura ou medida, de cada uma de suas apresentações", conta o vocalista Cello.
Plurais, os três são capazes mesmo de se transmutar no palco. Daniel vai do baixo para o teclado, Cello varia da guitarra para o violão e Diego da bateria para a percussão ou o violão. Mas não há conceito ou intenção circense nisto. Somente capacidade de mostrar um trabalho diferente, se assim for o desejo da Banda. Desejo, aliás, é a tônica do trabalho deles, refletido em músicas autorais, marcadas por letras surpreendentes, pelos fortes refrões e arranjos coerentes com a proposição da Banda. Rock-Jever, Pop-Jever, Performance-Jever, Jeito-Jever; o trabalho é único, definem os integrantes da banda. Não revoluciona, apenas se explica pela qualidade e a competência que todos buscam ter cada vez mais. "Prontos para um “público-Jever”, em franca expansão", finalizou Daniel, o baixista da banda.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008